Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma obra de Machado de Assis publicada originalmente em 1881 e considerada uma das maiores proezas do escritor.
A história é narrada na primeira pessoa por Brás Cubas, um «autor-defunto», que deseja escrever a sua autobiografia a partir do túmulo. O protagonista é um homem oportunista e egocêntrico que se envolve com Marcela, uma prostituta de luxo, e é amigo de infância de Quincas Borba, até que morre subitamente, deixando muito por dizer.
Nesta obra, Machado de Assis desenvolve um novo estilo e utiliza uma linguagem mordaz que, na época, deixaram os críticos confusos e pouco agradados. Com Memórias Póstumas de Brás Cubas, o autor descarta o discurso linear herdado de Flaubert e Zola para adoptar um estilo livre ao género de Sterne e Maistre.
Com este livro, o autor dá início ao Realismo no Brasil, onde retrata a escravidão, as classes sociais e o positivismo no Rio de Janeiro com pessimismo, ironia e indiferença, sem dispensar uma grande dose de humor ao longo de toda a obra.