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Tranglomanglo

17.50


Categoria: Fic%u00e7%u00e3o \ Literatura
Referência:: 9789898933249
ISBN:: 978-989-8933-24-9
Editora: Narrativa
Autor: João Maria Mendes mais livros do autor
Edição: 1.ª edição
Páginas: 456
Encadernação: Capa mole com badanas
Altura: 235mm
Comprimento: 155mm

    De onde vimos e para onde vamos todos, o velho Portuscale – ainda assim chamado em todo o livro – e o clube europeu a que ele aderiu há apenas três décadas e meia? Um autor -- que de si diz ser vários, incapaz de se reconhecer numa só voz -- escreve, com os seus outros Eus, um balanço de vida que, como Janus, olha ao mesmo tempo para passados, presentes e futuros.
    Balanço das revoluções que prometiam mudar o mundo, dos caminhos portuscalenses que nos tornaram numa demo-cracia liberal vai para cinquenta anos, de percursos pessoais e seus fantasmas, desejos de mudança; e vasto dealbar por estradas principais, atalhos e perdições de cada um: eis o Tranglomanglo, a quem a Nau Catrineta nos vai levando como o vento, cedo ou tarde – dizem -- tudo leva.
    A viagem conduz os narradores às literaturas modernas que contaram os mundos desse antigo Portuscale, à sua agonia em Alcácer-Quibir, aos escritos de uma muito hedonista alumbrada espanhola que cem anos depois da anexação filipina se refugiou entre nós, a uma Nova História das Revoluções que ficou por escrever, a um Museu do Erro que nos teria feito entender as nossas más relações com a Natureza e a um Rimance Politikês que vive mal com vícios de poderes e potentados.     Mas o autor e um dos seus Eus adoecem e têm pressa de concluir a reflexão em que se lançaram. Face ao mau passadio do mundo, perguntam a uma amiga mais jovem “Que fazer” – canónica questão que exprime as suas tardias incertezas -- e também ela lhes pede que escrevam o que guardaram da História e suas estórias. Porque, como diz um deles, “não há realidades sem ficções que as cantem nem ficções sem realidades a que aludam”.

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