Uma mulher. O quotidiano. O caminho que se faz vezes sem conta como se de uma procura se tratasse. As pessoas que se cruzam, as palavras que se trocam. A palavra como semente para as relações humanas. Um livro cheio de questões banais que nos leva a pensar na forma como agimos e na forma como nos relacionamos com o outro. A própria boneca, a mulher, como é tratada ao longo do texto, já não usa o vestido branco das Contadeiras, mas um vestido com um padrão, todo ele, pintado à mão. E este mesmo vestido torna-se em mais uma metáfora que surge mais intensamente na primeira parte da história e que se desvanece com o tempo, o real e o da história. Uma narrativa fluída cheia de espaços para o leitor, repleta de cadências sonoras, repetições e jogos de palavras. Há poesia nas palavras de “Contos ao Vento”.